10 abril 2007

LEMBRA DA SOFIA

“...nasci, aqui nessas primeiras palavras escritas, fui gerado, algo ou alguém muitas vezes indefinido, outros muito definido e limitado, mais sempre conhecido como o escritor de tais palavras, que prende a sua atenção como se navegasse por um rio olhando a beleza e a mudança das coisas à sua volta, sendo esse rio nada mais nada menos que essas linha que você acompanha com os olhos, você gostaria de ouvir uma historia, afinal é isso que um narrador faz, conta a historia, nada mais nada menos, sobre o que? O que? Você nunca teve que escolher o tema da historia quando leu um livro, a não ser pela escolha do livro, feita em uma livraria quando leu uma sinopse que estranhamente é parecida com o seu gosto, talvez tenha ouvido uma critica ou uma indicação de algum amigo, duvido muito que tenha o costume de ler, não, não, nada pessoal, só questão de estatística, mas já que esse livro não possui sinopse ou algo parecido, eu tenho total liberdade para falar sobre qualquer tema, mas como bom narrador, você não saberá o tema sobre qual desenvolvi o livro com palavras concretas, tudo ficara subentendido nas entrelinhas, já falei um pouco de mais sem nenhuma pausa significativa.

Vou começa descrevendo um personagem, que tal uma mulher gosto de escrever sobre as mulheres, uma personagem feminina já se cria sem muita influencia das descrições, aposto que quando disse uma mulher você já imaginou uma independente de qualquer descrição que eu fiz.Então imagine uma mulher de cabelos negros, curtos e um sorriso inesquecível, vou chamá-la de Sofia. Ela tem uma estética peculiar, algo que fica longe das estatuas gregas, uma beleza moderna, anda suavemente e desenvolta de tradições, apesar de uma sutileza e personalidade que encaixaria perfeitamente com coroa de margaridas lhe dando um ar ainda mais divino, com o ímpeto e a liberdade dos jovens, mas um olhar com uma intensidade de quem já conhece o amor.

Nesse momento nasce mais uma Sofia, a sua Sofia, você a vê, você sente ela falando e lhe olhando intensamente, você já pode imaginar o seu jeito de andar, até algumas roupas que lhe cairiam melhor.

Você a ama.

Como eu a amei quando a descrevi para ti, mas você não a ama com um amor de posse, algo sublime, você ama o jeito dela, como ela é amiga, como ela te trata, diferente de todas as outras pessoas ela dá valor a sua individualidade e fala como se só você pudesse entendê-la, porque afinal ela é sua melhor amiga, e é isso que amigos fazem.

Você lembra? É claro que você lembra, lembra do que nunca viveu, porque essa é uma das habilidades do narrador, vou ajudar a sua memória, lembra quando Sofia foi até a sua casa, era uma tarde chuvosa, algumas pequenas pancadas de chuva impedia que vocês fizessem qualquer coisa fora de casa, então preparam algo para comer, enquanto ela falava sobre a solidão, ela dizia que era tão belo, ficar sozinha, e que esse era o maior grau de amizade que se pode chegar, quando você consegue ficar sozinho ao lado de uma pessoa, não se lembra o que vocês comeram naquele dia, mais parece que agora você ainda sente o cheiro, sentaram em um lugar da casa onde desse para os dois observar a chuva caindo, e ficaram em silencio, sem dizer uma palavra, você pensando nas palavras que Sofia tinha falado, se sentia sozinho perto dela e às vezes, para ser sincero muitas vezes ela não precisava falar nada, só a presença dela bastava. E vocês ficaram horas ali, sentados, observando a chuva cair, e não foi dita uma palavra e não era necessário dizer nada...”

JOTA"Ela me disse:-Olá."
O NARRADOR,

2 comentários:

eu evitar algo do tipo "Caramba!"
mas...
Caramba, sofia, bem retratada.
A beleza está nos olhos de quem vê.
E na intenção de quem escreve.

Só de lembrar dac huva e de sofia.

Deu até vontade de fumar um cigarro.
Foi uma pena ter acabado os cigarros naquele dia chuvoso.

Bom o texto. não deixa muito espaço para criticas ruins. de verdade.

JOta,

Que linda brincadeira , que jogo gostoso , fui lendo e claro me lembrei da "minha" Sofia.
- Lindo texto, gostei da narrativa , conversar com o leitor , bela criação. Vamos conversar sobre. (...)

um grande abraço!

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