Aqui

Jaz

Ave César

Poema. (Imagem: Batman the Dark Knight)

Ambivalente

Poema. (Escultura: João Duarte)

Post

#116

Nocões de Viagens

Dedicatórias. (Foto: Marino Thorlacius)

22 dezembro 2009

Correio Eletrônico II

Ando muito feliz, dentro da possibilidade se sentir feliz longe de você, principalmente quando recebo versos como esse que me arrancam demasiados suspiros todas as vezes que releio.
O fim de ano perdeu muito da sua magica, as luzinhas continuam piscando sem o seu olhar, todos entregam presentes e eu fico sem ter a quem me entregar, agora acredito que Papai Noel talvez não exista, mas vou insistir e pedir que te entregue em casa esse natal, sonho de menino que ainda não cresceu sabe. E mesmo que ele esteja ocupado demais para entregar presentes para pessoas com mais de duas decadas de idade, vou escrever um P.S. que me leve, pelo menos até os meus sonhos, todos os dias do próximo ano, isso eu sei que ele pode fazer, pois vem te trazendo todas as noites, desde o ultimo natal.

Jota Reis

Correio Eletrônico

Céu azul.
Blues.
Tarde fria.
Nus.
É só uma tentativa inocente de me ter só pra você.
Ao olho nu és tão mais belo.
Quando o coração palpita, desligo o cérebro.
E viajamos além do além.
Total eclipse a teorias.
Escuro com claro.
Claro no escuro.
Soluções para o dia a dia.
Tudo mais lindo.
Mais seguro.

Kathy

30 novembro 2009

Verdade Casual

Sentado sobre o tapete da sala, com o tronco encostado no sofá com os olhos fixos no teto, ela passava os dedos em seus cabelos e o segurava com as penas, repousar em seu colo era a melhor forma de segurança, nem as grades, nem trancas protegiam melhor que seu afago.
Ele pensava coisas simples quando ela perguntou:
-Eu posso mexer com o mundo?
-Acho que sim, olha só. Ele pegou o romance argentino do qual tinha interrompido a leitura depois da chegada dela e o colocou do outro lado.
-Você só mexeu o livro, não mexeu mais nada no mundo. Ela disse rindo da sua tentativa de explicação.
-O livro faz parte do mundo, e você nunca consegue prever todas as conseqüências. Sorrindo ele tenta consertar.
-Eu também acredito que tudo está conectado, mas às vezes parece tão difícil mudar alguma coisa.
-Verdade, mas se tudo faz parte dele com certeza podemos mudar as coisas. E olhou para ela com olhos de esperança, e ela o beijou.

22 outubro 2009

Solstício

Fim do mundo, depois fins de semana
Sai meio esotérico e meio sexta feira
Sorte e sorrisos na concha acústica
As costas no chão no palco da convenção

Não param de chegar, contadores de brisa.
O sábado sóbrio pelo sol, ébrio ás de River.
Tequila, um brinde a quem morrer?
Novamente no chão, pela perna que engana

Domingo bom é aquele que começa com ressaca
Dividindo o copo de água da nostalgia
Amigos almoço planejado, viramos parodia
O observador de nimbos disse que vai chover.

Eu acreditei e na segunda chovia
Então soltei uma nimbos, pedaço de era
A tempestade se foi quando o sol sumia
A brisa noturna trouxe o aviso da primavera.

Jota “Guardador de sonhos”

05 setembro 2009

Sinto saudades

Apenas isso poderia bastar, mas quem sou eu para falar menos sobre saudade.
Por que a saudade não cala, ela fala tudo que falta, e suspira o que ficou.
E da palavra, a lembrança e cada suspiro, uma leve dor.
Como fala quem ficou, como nunca sabemos se lembra quem foi.
Não sabe o porquê de não ir, e mesmo se fica, não está ali.
Saudade perigosa que só lembra coisa boa, tenho medo.
Se lembrar coisa ruim não é saudade, por isso saudade é mentirosa.
Mas não é falsa. Mesmo sendo boa, equilibra no aperto do peito.
Pede passagens e leva nossa viajem pra quem já viajou.

03 julho 2009

Ampolas de Drinks

Enviei um texto para o Ivan Cardozo,
que ele colocou em seu blog (Dedada Brutal).

Muito Obrigado Ivan e parabéns pelo blog.

Deêm uma olhada: Ampolas de Drinks

Despertadores Temáticos

Iniciou a aurora,
Um galo não se cansou da rotina
E cantou a hora
Eu nunca teria um despertado com esse som

Ela o desliga
Ele liga no dia seguinte, porque ama ela
Ela o desliga
Uma maldição que ela chama de dom

Jota Reis
Poemas "a modinha",

24 junho 2009

Vida Útil

Ainda moleque, me contaram o segredo da vida
Um dia você acaba morrendo
Fiquei fascinado
Tomado por todo tipo de alegria e nostalgia do não conheço
Abri um grande sorriso quando minha mãe completou,
Mas não se preocupe, você vai para um lugar melhor.

Jota Reis
Poemas "a modinha",

12 junho 2009

Playground

O papel dobrado, caravelas enfrentando a correnteza
Pé descalço, joelho e queixo encolhidos na pobreza
As águas da chuva se converteram a riachos na guia
O carro de vidros fechados passava, a criança sorria

Eu olhava da janela
Essa redundância de cenas, pura monotonia.


Jota Reis
Poemas "a modinha",

01 junho 2009

Recado

Um pouco ao norte

ainda retiram

versos dos mangues

Aqui já torço o asfalto

na tentativa de retirar

uma gota de inspiração

No meio da guerra de peões, intrigas de bispos e seus reis intocáveis

Não me importo, e me torno natureza morta
A bela pintura de maçã ao lado da mesa


Jota Reis

Poemas "a modinha",

26 maio 2009

A noite caiu e o sono não veio

E o vulto frio da solidão
Sussurrava enquanto me acompanhava
Isso passa, o tempo vai te curar.
Mas a noite caiu e o sono não veio
Eu pensei nela
O vulto se calou
Mas o tempo não passava.
Já amanheceu, mas o sono não veio
Eu pensava nela
Ela não me deixava sozinho
Mas não estava ali

Jota Reis
Poemas "a modinha",

Versalogo 1

Hey cara deixa disso
Pega uma ponta
O que?
Pega ou aponta
O que você ta falando?
Você não sabe onde está?
Não to entendendo.
Pagou a conta.
Eu respondi que sim
Mesmo sem entender.

Jota Reis
Poemas "a modinha",

Férias Férias Férias

Após cerca de um mês sem postar, estou voltando.

Mas apenas tirei férias da internet,
postarei alguns poemas que escrevi nesse recesso.

05 maio 2009

Metrô

Claros flocos de face
Desfigurão meu sorriso
No aviso da sua raiva
Das suas escolhas

Não te importa ontem
ou só importa isso

Eu antes cidade do interior
agora metropolitano

E dos caminhos que sigo
Algumas vezes me engano.

Jota Reis
Poemas "a modinha",

29 abril 2009

Semitom

A ultima musica toca
Retoca a maquiagem
Passa baton, vaidade.
Canta baixinho.

Conta de fininho,
Tudo cala nesse tom
Me acabo nesse som
Sua voz melodica

Toca meu ouvido
Sua boca toca
Minha alma, toca
Outra dimesão

Se toca em mim
Desafina minha pele
Realinha o meu querer
Renasce minha sina

Jota "Nipônico"
Poema Dedicado a Kat,

Novo Visual para o Caderno Jota

Logo estarei voltando com os poemas "a modinha".

28 abril 2009

Pensamento V

O melhor atalho é a carona.

Jota Reis
Poemas "a modinha",

20 abril 2009

Problemas técnicos.

O Caderno Jota está passando por alguns problemas técnicos em relação ao template, logo mais estarei voltando com um template melhor.

Desde já
Obrigado pela compreensão.

18 abril 2009

Livre-Arbítrio

Não importa a força, a imagem continua distorcida
O aço por mais lustrado, nunca se tornará meu espelho

Não é da sua natureza
Nem da minha, mudar a natureza das coisas.

Inútil, vou deixa-lo nesse canto
Sei apenas o que não fazer com ele...

...mas e se eu lixa-se um pouco mais?

Jota Reis
Poemas "a modinha",

09 abril 2009

Abraço

Quando vejo ela, presença vulgar no meu tempo
Falando com voz macia perto do meu pescoço
Tomando meu olhar para si, em gestos livres
Me jogando na duvida de do meu ser ou o seu

Sinto apenas que a duvida continua em seu atos
Por também não saber quem somos, ou vamos ser
Me invade um bem estar, por continuar assim
Sem querer saber, apenas com a cabeça no meu peito.

Jota Reis
Poemas "a modinha",

01 abril 2009

Refugio

Uma luz de despedida
Passava pela minha janela
As cortinas fechadas
Mas com as asas abertas

Pensei em abri-las
Desisti nos argumentos
Mas se abrisse aquelas cortinas
apenas em dois momentos?

Uma seria na véspera do natal
Natal da coca, um show de luzes
E todo aquele barulho no ouvido
Nesse dia a correria lá fora teria um motivo

Outra seria no dia de Reis
Quando estão desfazendo tudo
O ano passado, tudo tem cara de ressaca
Eu apreciaria o silêncio como um surdo

E se passou mais um dia com a janela fechada.

Jota Reis
Poemas "a modinha",

30 março 2009

Cômodo

Aos poucos fui saindo de casa
Sai atrás da minha curiosidade
Primeiro saíram os olhos
Fascinados por luzes
Depois o nariz
Atrás de perfumes exóticos
Saíram meus dedos
Rendidos aos novos tatos
E assim foi saindo meu corpo inteiro
Não sei bem se sai
Ou as sensações que entraram

Jota Reis
Poemas "a modinha",

29 março 2009

O Que Resta

Quando era moleque, rodavam cata-ventos
Mas só rodavam quando queriam
Troquei e comprei um ventilador

Os aviões de papel pairavam longas distâncias
Agora, arremesso e cai
Fiz aulas em um aeroplano

Os dias de colégio, e as meninas
Já estão casando e tendo filhos
E onde está a minha ponte de safena


Jota Reis
Poemas "a modinha",

28 março 2009

Lançamento

Hoje, inicio a postagem de Poemas "a modinha", ao final estarei juntando os texto em um eBook.

26 março 2009

Google Books


Para todos os leitores, os ventos trazem boas noticias, agora temos uma pagina no google direcionada somente para a pesquisa de livros, vale a pena da uma conferida.

Google Books

Não tive tempo de ver realmente como funciona, mas fica a dica.

Incógnita

A esfinge não conhecia os seus olhos
Minha falange de sentimentos
Se perde na dos teus dedos
Enquanto finjo decifrar os seus mistérios

Se falo ou me calo, porque me controlo
Se faço ou existo, é porque você quer
Um problema, hipoteticamente, consolo
A solução culminante, uma mulher

Se me decifrar, te devoro.

Jota "Pedido de Lia"
Dedicatórias e Pedidos,

25 março 2009

A cidade dos Livros

Estava lendo a coluna de Cláudio Soares no Cronópios.
Os doi links muito bem recomendados.

Não me apegando a editora, produtora desse stop-motion, mas a idéia é muito boa.



Em poucas palavras, essa é a real importancia de alguns livros, a contrução da nossa sociedade, em todos os meios desde o artistico até os livros sobre administração.

A literatura está presente na vida de todos basta olhar a cidade com outros olhos.

Selo: Vale a pena acompanhar esse Blog

Agradeço ao Alex pelo selo, e sem mais delongas, pois ainda pretendo fazer outro post hoje, obrigado a todos que estão acompanhando o Caderno Jota.

Muito Obrigado Alex
e a todos os leitores.

1) Exibir a imagem;
2) Linkar o Blog do qual recebeu o prêmio;
3) Escolher 5 Blogs para entregar os prêmios e avisá:

Aqui estão os links:
Danificando
Klimtonianos
Seu Guei
Grupo N.D.A
Mania de Escrever

24 março 2009

Incentivando a Leitura I

George Orwell

Nesta terça-feira foi vendido um lote de cartas do escritor inglês George Orwell por 84 mil libras esterlinas (R$ 276,4 mil) em um leilão realizado pela casa Bonhams, em Londres. Leia mais.

Não discordo do valor dessas cartas mas convenhamos, 84 mil libras esterlinas.
Não sei ao certo o que o próprio autor pensaria disso, mas após escrever A Revolução dos Bichos.
Talvez os ingleses tenham levado ao pé da letra, não é muito difícil associa-lo ao dias de hoje, em pleno imperialismo monetário.
Mas mesmo constrangendo a sua memória ainda vale a pena ler cada palavra.

Trecho do livro:

"Olhando pela encosta da colina, Quitéria ficou com os olhos cheios d'água. Se pudesse exprimir seus pensamentos, diria que aquilo não era bem o que pretendiam ao se lançarem, anos atrás, ao trabalho de derrubar o gênero humano. Aquelas cenas de terror e sangue não eram as que previra naquela noite em que o velho Major, pela primeira vez, os instigara à rebelião. Se ela própria pudesse imaginar o futuro, veria uma sociedade de animais livres da fome e do chicote, todos iguais, cada qual trabalhando de acordo com sua capacidade, os mais fortes protegendo os mais fracos, como ela protegera aquela ninhada de patinhos na noite do discurso do Major. "

ORWELL, George. A Revolução dos Bichos. Tradução Heitor Ferreira. 38
ª edição. São Paulo: Globo, 1993. 104 páginas.

Leitura Rápida: Além Do muro Da Estrada
Leitura Necessária:
Um projeto que deve servir de exemplo a todos os artistas, comentado por Dan no Klimtonianos.

23 março 2009

Retalho

Cala te e curva-se ao silencio das matas
Moinhos de ventos, um sussurro sonolento
Algumas vezes um trepidar de fogo
Arrepiante na sua crueldade e gozo

Olhe meu caro, os belos sinais apocalípticos
De dias de chuva sem as nuvens em seu lugar
Verões arrepiantes e invernos de regata
Resgata a pureza do ar, do sanguinolento luar

A brisa que toca o rosto não assombra
Pela lembrança amada, apenas entorpece
Na libertinagem abusiva dos odores
Se confunde, vozes e pensamentos

Me perdoem os órfãos rebeldes
Que não importa o quanto fujam
Não saíram do ventre de sua mãe
Então escuta, apenas escuta

Não corte essa árvore
Cala te e curva-se ao silencio das matas.

Jota "Por que fazem isso?"
Coisas Que Eu Não Quero Entender,

19 março 2009

Ob-Ser Vê


Diante da enorme variedade humana, gostaria de ressaltar um tipo de pessoa, as pessoas "apaixonantes".

Características:

• Você pode passar horas ouvindo elas falarem.
• Você pode passar horas vendo elas se moverem.
• E você, passa horas fazendo as duas coisas acima.
•Mas o que realmente define essas pessoas, é que elas têm contradições.
Ex.
:Horrorizar-se com uma espinha que nasce em um dia importante, quando já passaram horas conversando sobre espiritualidade, e desapego com as coisas materiais, e passa um certo tempo praguejando contra a biologia inoportuna.
•E se você já notou isso tudo, é porque já está apaixonado.

E que não me venham falar de amor, são coisas diferentes...

Jota "Acho que é assim"
Caminhos da Madrugada,

17 março 2009

Clastonogia

Histórias que contaram
E as que não contarão
Momentos da vida
Lembranças da solidão

Curiosidades cotidianas
Algumas eu conhecia
Com amores eternos
Nem sempre se entendia

O toque do relógio
Impertinente na madrugada
Me confundo com ele
Na semântica usada

Um copo d'agua
Desagua o alerta
De um despertar involuntário
Teu gole na madrugada

A parte do meu sonho
Que eu acordo
Bebo toda a agua
Em um reflexo sonâmbulo

Volto para o meu lugar
Me entrelaço em seus braços
Quando o relógio desperta
Apenas o copo vazio resta

Jota "Sonâmbulo"
Caminhos Da Madrugada,

13 março 2009

Mudanças

Ontem um calafrio passou
Armas, Guerra, Violência

Me contive a pena
Consumi a perda

Hoje em versos
Rabiscos de poema

Concedo a cena
Me ligo e disperso

No amanhã das crianças
Como num sonho belo

Me faço completo
Com ponto de esperança.

Jota Reis "Madrugadas e Beatles"
Caminhos da Madrugada,

Mãos a Massa

Poste I

Com o apoio do Grupo NDA, neste domingo dia 15/3 estou organizando uma intervenção na cidade de Atibaia as 10 horas, provavelmente haverá uma mudança nesse horário, de acordo com disponibilidade de tempo dos integrantes, quem estiver interessando deve entrar em contato, para falarmos sobre o material a ser utilizado, não haverá nenhum custo a não ser a disponibilização das obras para exposição.

Email: nivsjj@gmail.com
Msn: good_luck_noturno@hotmail.com

Desde já
Obrigado a Todos.

12 março 2009

Pensamento IV

A ignorância é algo que apenas deixa minha vida mais interessante.

JOTA "Contador de Tristes Historias"
CADERNO JOTA,

07 março 2009

Cadernos não são infinitos.

Quando você acaba de escrever a ultima pagina de um caderno, a satisfação abranda a perda de utilidade, substituindo isso com a alegria de um objetivo completo, e ele vai parar nas estantes ou pilhas de livros, que insistem em se formar desafiando a simetria do quarto organizado.

Ele não é velho para ficar dentro de um baú e tão pouco novo para ocupar o centro da mesa, mas até a chegada do seu sucessor, nenhum tempo é perdido para encaixa-lo no seu cotidiano.

Mas quando a caneta toca o papel novo, um elo se forma entre o velho bloco de celulose, com as suas rugas de expressão e rasuras de conhecimento, e o novo se expande com seu passado desconexo, mas contendo a nostálgica referencia de quem é.

Logo colocamos ele ao alcance da mão, juntamente com canetas, dicionário e coisas de muita necessidade, para um bom desempenho do ato de escrever.

E muitos momentos ficam assim.

Como este novo caderno.

20 fevereiro 2009

Informativo Poético

Não sou advogado, e também não moro em Santa Catarina.
Mas gostaria de Divulgar o bom trabalho deles.

Link

10 fevereiro 2009

Uma Noite

Eu sou o elo dela
Ela se deleita dele
E ele se torna eu
Quando ela é meu elo.

Jota Sem Aspas
Elos,

09 fevereiro 2009

Adolescência

A corda partida
Se prende por nós
A cada passado
Fixam-se dois lados

No que se termina completo
O nó se faz firme
Mas se o passado for incerto
Esses nós são incompletos

E quando a vida cisma
Puxar os lados da minha sina
Eu me parto falando de você
Nos nós frouxos de menina.

Jota “Partindo”
Elos,

27 janeiro 2009

A Morte da Escritora


Resisti para atender a campainha que já tocava pela segunda vez, mas levantei e atendi o entregador que me trazia uma caixa de papelão, ao primeiro momento, não entendi porque alguém me mandará uma caixa cheia de papéis e cds, mas depois de ter tomado um rápido café e tomado um banho finalmente tinha acordado. Peguei a carta que estava por cima do monte e li.

Uma angustia tomou conta do meu peito, eu me abaixei e ergui a caixa de papelão agora sabendo de seu valor inestimável, e coloquei sobre a mesa da cozinha, peguei alguns textos e cds para uma analise mais demorada, estava tudo ali, até sua caneta favorita, com a qual ela tinha escrito as ultimas anotações sobre seu livro inacabado.

Não me contive e apoiei minha cabeça com as mãos e chorei. As pessoas podem partir de varias formas, sempre esperamos que elas continuem em um lugar melhor, mas o vazio causado por essa ausência às vezes é maior.

E os meus pensamentos escorriam pelos meus braços molhando minha pele, algumas lembranças, alguns futuros, e principalmente a dureza dos verbos conjugados no passado.

-Eu conhecia uma escritora muito boa, adorava seus textos.

-Qual o nome dela.
-Você não deve conhecer, nenhum livro dela foi publicado...

A morte de um jovem choca, de um jovem sonho, de uma jovem idéia porque não fica nada, nada concluído, é apenas triste, insatisfeito e gera uma certa revolta.

Enxuguei meus olhos com as costas da mão, me levantei retirei os textos da caixa e coloquei na prateleira de lembranças na sala, espero apenas que ela seja feliz onde estiver e no que estiver fazendo, mas se um dia ela quiser resgatar esses textos que ficaram na minha lembrança já sabe onde reiniciar a sua busca, mas a ausência às vezes é maior.



Jota "Saudoso"

O Narrador,



21 janeiro 2009

Fevereiro

Depois de tanta chuva
O verão volta a irradiar
Um Segundo sol
Entre as nuvens de prata

A lua desacata
Todo o calor
E no topo de meu torpor
Uma tempestade de querer

O verão e o inicio de ano
Vão ficando para traz
E a tormenta de vontades
Já não importam mais

Jota "Bronzeado"
Caminhos da madrugada,

07 janeiro 2009

Muralha Solene

Pródiga donzela

Perdoe esse ser

Por assombrar tua mente

Teu medo

Sussurra mentiras sobre mim

Eu que já tenho o coração partido

Não quero partir outro coração

Mas sei que não é a ti
Muito menos a mim

Que pertence essa escolha

Gostaria de ser homem de lata

E não ter pedaços de coração

Gostaria de ser espantalho

Para não pensar em você

Mentira deslavada

Essa minha partida

Quando meu maior desejo

Ser não existir desfecho

Meu medo também diz mentiras

Que tu pródiga donzela

Não se passa apenas de sonhos

E em meus momentos lúcidos

Descubro ser único

Você ser perfeito

Sem nada de mal

Meu sonho original.


Jota "Reis"

As Mil Poesias,

02 janeiro 2009

O Poeta é Alguém Que Aceita a Tristeza.


O tempo de ser chegou com fogos

Querer já não serve como hobbie

Saber já explode e me engole

Amar e escrever aos seus modos

Sem me moldar me revelo

Ser tudo que sempre quis

Em mim o mestre e o aprendiz


Por que ser poeta?
Porque não consegui

Deixar de ser eu mesmo.


JOTA "Novo"
Caminhos,


Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More