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Ave César

Poema. (Imagem: Batman the Dark Knight)

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Poema. (Escultura: João Duarte)

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#116

Nocões de Viagens

Dedicatórias. (Foto: Marino Thorlacius)

27 janeiro 2009

A Morte da Escritora


Resisti para atender a campainha que já tocava pela segunda vez, mas levantei e atendi o entregador que me trazia uma caixa de papelão, ao primeiro momento, não entendi porque alguém me mandará uma caixa cheia de papéis e cds, mas depois de ter tomado um rápido café e tomado um banho finalmente tinha acordado. Peguei a carta que estava por cima do monte e li.

Uma angustia tomou conta do meu peito, eu me abaixei e ergui a caixa de papelão agora sabendo de seu valor inestimável, e coloquei sobre a mesa da cozinha, peguei alguns textos e cds para uma analise mais demorada, estava tudo ali, até sua caneta favorita, com a qual ela tinha escrito as ultimas anotações sobre seu livro inacabado.

Não me contive e apoiei minha cabeça com as mãos e chorei. As pessoas podem partir de varias formas, sempre esperamos que elas continuem em um lugar melhor, mas o vazio causado por essa ausência às vezes é maior.

E os meus pensamentos escorriam pelos meus braços molhando minha pele, algumas lembranças, alguns futuros, e principalmente a dureza dos verbos conjugados no passado.

-Eu conhecia uma escritora muito boa, adorava seus textos.

-Qual o nome dela.
-Você não deve conhecer, nenhum livro dela foi publicado...

A morte de um jovem choca, de um jovem sonho, de uma jovem idéia porque não fica nada, nada concluído, é apenas triste, insatisfeito e gera uma certa revolta.

Enxuguei meus olhos com as costas da mão, me levantei retirei os textos da caixa e coloquei na prateleira de lembranças na sala, espero apenas que ela seja feliz onde estiver e no que estiver fazendo, mas se um dia ela quiser resgatar esses textos que ficaram na minha lembrança já sabe onde reiniciar a sua busca, mas a ausência às vezes é maior.



Jota "Saudoso"

O Narrador,



21 janeiro 2009

Fevereiro

Depois de tanta chuva
O verão volta a irradiar
Um Segundo sol
Entre as nuvens de prata

A lua desacata
Todo o calor
E no topo de meu torpor
Uma tempestade de querer

O verão e o inicio de ano
Vão ficando para traz
E a tormenta de vontades
Já não importam mais

Jota "Bronzeado"
Caminhos da madrugada,

07 janeiro 2009

Muralha Solene

Pródiga donzela

Perdoe esse ser

Por assombrar tua mente

Teu medo

Sussurra mentiras sobre mim

Eu que já tenho o coração partido

Não quero partir outro coração

Mas sei que não é a ti
Muito menos a mim

Que pertence essa escolha

Gostaria de ser homem de lata

E não ter pedaços de coração

Gostaria de ser espantalho

Para não pensar em você

Mentira deslavada

Essa minha partida

Quando meu maior desejo

Ser não existir desfecho

Meu medo também diz mentiras

Que tu pródiga donzela

Não se passa apenas de sonhos

E em meus momentos lúcidos

Descubro ser único

Você ser perfeito

Sem nada de mal

Meu sonho original.


Jota "Reis"

As Mil Poesias,

02 janeiro 2009

O Poeta é Alguém Que Aceita a Tristeza.


O tempo de ser chegou com fogos

Querer já não serve como hobbie

Saber já explode e me engole

Amar e escrever aos seus modos

Sem me moldar me revelo

Ser tudo que sempre quis

Em mim o mestre e o aprendiz


Por que ser poeta?
Porque não consegui

Deixar de ser eu mesmo.


JOTA "Novo"
Caminhos,


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