14 agosto 2007

A Teus.

E viva a arte independente, disse-me uma poetisa.
E viva a arte independente, disse-me um musico.
E viva a arte independente, disse-me um pintor.
E viva a arte independente, disse-me a arte.


Cansei de Céus azuis e poetas mudos
Do silencio da madrugada e das cordas estouradas
E á quem veja fale e pense por uma tela
E muito mais que ladram e poucos que mordem

Foi-se o tempo, e tudo de velho não foi com ele.
Vejo as mesmas rugas nos mesmos cargos
Vejo tudo de um lugar distante, longe da importância.
Não fiz escolha alguma para ter esses direitos

E muito menos para ter esses seus deveres.

Não me entenda mal, não vim mudar nada.
E se vim, não quero.
Deixe-me aqui com uma pena, alienado.
Deixe ser messias e profeta quem tem faculdade.

Vá com seus quadros burocráticos
Mostre-os aos cegos, aos filhos capitais
Não quero tabela ou porcentagem de lucro
Quero as belas e promiscuas prazerosas criações.

Nada Mais.

Se seu instinto lhe dá fome e cobiça por dinheiro
O meu também mais pela arte e nada mais.
Não sou socialistas, anarquista ou ao menos capitalista.

Sou simplesmente artista.

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Quero ignorado, como Pessoa, introspectivo como Deus humano.


JOTA “Ignorado e Introspectivo”
N.D.A.

1 comentários:

"e viva o jota!", disse a mari.

;*

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