09 junho 2007

Bilhetes

Sentado na frente de um computador no meu escritório, a fumaça sobe vagarosamente, estranhamente influencia pela musica da Maria Bethânia que tocava, triste e tão poético, penso enquanto minhas conversas por esse meio de comunicação se desenrolam, estranho troco conversas de amigos próximos com pessoas tão distantes, às vezes nem pela própria distancia em si, simplesmente pelo ultimo contato físico real, presente, sem necessitar de nem um meio de comunicação inventado no ultimo milênio, a simples conversa, sem meios de comunicação atuais, minha solidão vai aumentando com a falta de assunto e logo elas voltam para o seu lugar na minha lista de contatos, nada agradável.

Quando as pessoas estão presentes não importa se acaba o assunto elas não somem de nossa frente, elas permanecem ali, porém sem assunto, mas estão ali, algumas vezes isso é tudo que importa, sinto vontade de gritar por estar sozinho, nada necessário, simplesmente por não ter que explicar para ninguém o porque dá quilo.

Algo solitário diria meu analista/amigoimaginário/consciência/psicólogo/ego assim como disse.

Esse é o momento que eu sou assombrado pelos meus próprios demônios, ironicamente me trazem uma mensagem dela dizendo:

Tenha paciência, olhe para a lua e assim verá que não está tão sozinho assim, um dia eu chegarei e nós saberemos que a solidão é a presença de quem ainda não chegou.

Li tão espontaneamente que a opção de não ler foi ignorada pelo habito, parece que meus demônios já não estavam mais lá, no primeiro momento pensei que essa forma de comunicação talvez tivesse sido inventada antes da fala como nós a conhecemos, mas não dissertei muito sobre o assunto.

Acendi outro cigarro e voltei ao meu lugar, ignorei outras tentativas de comunicação alheia e escrevi porque era triste e poético.

JOTA,”A vida através da tela”.
PLATONICOS ,

2 comentários:

Olhar pra Lua traz um grande conforto.

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